Indígenas Potiguara fecham BR-101 em protesto contra projetos que ameaçam direitos territoriais 6n4e4t

Mais de mil manifestantes exigiram a rejeição de projetos legislativos e destacaram harmonia com forças de segurança durante o ato k3t43

 

Mais de mil indígenas do povo Indígena Potiguara da Paraíba ocuparam pacificamente a BR-101, na altura da Paraíba, nesta segunda-feira (9), em protesto contra projetos legislativos que ameaçam direitos constitucionais e a demarcação de terras tradicionais. O bloqueio, realizado nos dois sentidos da rodovia (Paraíba/Rio Grande do Norte), durou cerca de cinco horas e ocorreu com coordenação total entre os manifestantes, a Polícia Militar, Patrulha Indígena e a Polícia Federal Rodoviária (PRF).

A ação, organizada pelo Cacique Geral Potiguara, Sandro Gomes, e Conselho Indígena Potiguara, teve como foco principal a rejeição ao PDL 717/2024 – que suspende processos de demarcação de terras indígenas – e ao PL 2159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental. Os manifestantes também repudiaram o chamado “Marco Temporal”, a Lei 14.701/2023 (que regulamenta a exploração de terras indígenas) e a criação de câmaras de conciliação para conflitos fundiários, vistas como mecanismos de enfraquecimento da luta indígena.

“Nosso protesto é um ato de defesa da vida e da Constituição Federal. Não aceitaremos retrocessos que nos tirem o direito ao território sagrado de nossos ancestrais”, declarou o Cacique Sandro Gomes, uma das lideranças presentes. Ele ressaltou que a mobilização busca alertar a sociedade e o Congresso Nacional sobre o impacto dessas medidas nas 32 aldeias Potiguara da Paraíba.

Diferentemente de outros protestos, o evento transcorreu sem confrontos. Representantes da PRF, da PM e Patrulha Indígena acompanharam o bloqueio desde o início, garantindo a segurança de motoristas e manifestantes. A organização indígena previamente comunicou o horário de encerramento (13h), quando a rodovia foi liberada voluntariamente.

O Conselho Indígena Potiguara e o Cacique Geral anunciaram que seguirão pressionando parlamentares e articulando com outras etnias contra as propostas, classificadas como “afronta à soberania dos povos originários”.

 

valenoticiapb-br.noticiasdaparaiba.com – Por Assessoria

 

 

 



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